quarta-feira, 24 de outubro de 2012


Atenção aeroportos! Mensaleiros se imaginam presos políticos
Milton Corrêa da Costa 
De presos políticos a políticos presos por corrupção e formação de quadrilha num julgamento democrático num estado de direito. As duras penas começaram a cantaR no lombo de quem fraudou e desviou dinheiro público em prol de uma cínica e ousada manobra de um projeto político de pepetuação no poder, comprando votos no parlamento. Agora todos são "vítimas". Alguns se consideram até pesrseguidos políticos. Só que o perseguidor agora é origor da lei que pune quadrilheiros e corruptos, sob o relato e atitude exemplar de Joaquim Barbosa e outros ministros do STF que condenaram a quadrilha que colocou em risco a paz social. 

O operador do vergonhoso e cínico esquema, Marcos Valério, já foi condenado ao regime fechado, com pena de quase doze anos e ainda falta mais. Deveria, como fez Roberto Jefferson, colocar logo a boca no trombone e contar a história completa. Os outros mensaleiros já sabem que vem mais penas pesadas no lombo, onde o recolhimento ao cárcere parece inevitável. Só que são presos comuns,  neste caso todos são iguais perante a lei. É como disse o ministro Celdo de Mello, a quadrilha do mensalão, a do colarinho branco, não difere das quadrilhas de traficantes do Rio e de uma perigosíssima facção criminosa de São Paulo. "Profanadores da República", disse o insigne ministro

O veredicto final está prestes a ser dado. Manifestações em contrário, como em diferentes épocas do regime de excecão, agora não tem respaldo popular. O Supremo Tribunal Federal deu o novo tom na moralidade pública. Que os políticos que ainda pretendam roubar o dinheiro público ponham suas barbas de molho e pensem duas vezes. A festa da corrupção e da impunidade acabou. A cadeia e o uniforme de prisioneiro os aguarda. O passado de ninguém, por mais virtuoso que tenha sido, não o exime dos crimes do presente. Cumpra-se a lei e as decisões do Supremo Tribunal Federal. 



 O apoio infrutífero dos ex-companheiros da luta armada

Fonte: O GLOBO ONLINE (24/10/12)

 SÃO PAULO e ÁGUAS DE LINDOIA — Amigos de militância de esquerda de José Dirceu e de José Genoino já se articulam para uma reação política à condenação dos dois petistas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O grupo “Os Amigos de 68”, que reúne ex-presos políticos, realizou um almoço de solidariedade a Dirceu e Genoino no domingo, na casa de Ana Corbisier, companheira do ex-ministro no Movimento de Libertação Popular (Molipo). Os “amigos de 68” não descartam iniciar um movimento político mais amplo, que inclua o tema da reforma política e uma análise do Judiciário, ou organizar uma mobilização de apoio direto aos ex-guerrilheiros.

 —Deve haver uma reação. Esse processo foi muito desigual. É complicado quando a Justiça se politiza — avaliou José Luiz Del Roio, ex-militante contra a ditadura e ex-senador na Itália.
Del Roio participou do almoço, que foi marcado por conversas sobre o passado dos dois petistas, principalmente sobre suas prisões. Genoino é o mais abalado, mas parecia tranquilo no encontro com os ex-companheiros. O ex-deputado foi quem comparou os tempos de sua prisão ao momento atual. Para os presentes, persistiu a conversa de que os petistas foram injustiçados e que todo o rigor da condenação está, de alguma forma, relacionado ao passado deles.

— Os dois se comportaram de maneira magnífica na prisão durante a ditadura. Se forem presos, irão para a cadeia com dignidade, não fugirão. Mas qualquer réu tem o direito de defender sua biografia — disse Del Roio.

Para o cineasta Cláudio Kahns, Genoino e Dirceu “estão empenhados em continuar se defendendo”.

— Alguma reação deve ter. Ninguém está satisfeito — disse o cineasta, referindo-se a uma mobilização dos “Amigos de 68” em prol de Genoino e Dirceu.

O PT vai acatar a decisão do STF no julgamento do mensalão, mas, em caso de prisão, os integrantes do partido vão se declarar prisioneiros políticos de um julgamento de exceção, afirmou ontem ao GLOBO o ex-ministro da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência Paulo Vannuchi, que participou do encontro anual da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais, em Águas de Lindoia, interior de São Paulo.

— O Supremo tem que ser respeitado. Se determinar prisão, as pessoas vão para a prisão. Agora, as pessoas não vão admitir que são corruptas, elas vão declarar que são prisioneiras políticas de um julgamento de exceção. Vai ser a razão de viver do Genoino e do Dirceu demonstrar que foram condenados sem provas — afirmou Vannuchi.

O petista disse ainda que, a partir de agora, o partido observará atentamente todas as decisões do STF em casos semelhantes:

— Nós vamos acompanhar com lupa cada voto de ministro, e, se daqui a um ano, eles absolverem um grande empresário acusado de corrupção por falta de provas, nós vamos lembrar, democraticamente, que, no julgamento do mensalão, quando não havia provas, os indícios foram tidos como suficientes para condenar.

Procurado ontem, Genoino disse que não falaria sobre o julgamento. Em entrevista à Rádio Estadão/ ESPN, afirmou que vai lutar para provar a sua inocência:

— Sou inocente. Nunca fiz parte de quadrilha nem o PT é partido de quadrilheiros. Não sou corrupto. Sou inocente e considero uma injustiça (a condenação pelo STF).

O ex-presidente do PT prometeu ainda “dedicar a vida a provar a sua inocência”:

— Esse julgamento não apresentou provas concretas. Foi feito na base do indício, da dedução, do domínio do fato, que são teses que têm um viés autoritário.

Genoino também comparou o julgamento do mensalão com a sua condenação pela Justiça Militar na época da ditadura, quando foi preso depois de atuar na guerrilha do Araguaia:

— Minha disposição é o risco do combate. Prefiro o risco do combate do que a humilhação e do que a servidão.

Nos dois dias mais pesados do julgamento do mensalão para o núcleo político, Dirceu e o ex-tesoureiro Delúbio Soares produziram textos variados para os blogs e twitter. Para fugir do assunto, focaram em temas como a eleição municipal, futebol, o arquivamento das denúncias contra o ministro Fernando Pimentel pela Comissão de Ética da Presidência e até a visita do atleta jamaicano Usain Bolt ao Rio de Janeiro.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012



Mensalão: um projeto criminoso
Miltn Corrêa da Costa 
Fonte desta matéria: site www.alertatotal.net
© Alerta Total11/10/2012 @ 14:23
Cúpula petralha enxerga conspiração de Dilma no STF para condenação de Dirceu e Genoíno no Mensalão »

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Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Teve um dedo da Presidente Dilma Rousseff na pesada condenação a José Dirceu e José Genoíno por corrupção ativa. A suspeita, aparentemente contraditória, já virou tese na cabeça de alguns membros da Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores. Eles já propagam o temor de que Dilma tenta se fortalecer politicamente para romper com o partido. Por isso, já tem uma minoria pensando em sair com Dilma antes que ela ?traia? o PT.
A teoria conspiratória sobre a ação de bastidores de Dilma, enxergada pelos petistas que não toleram a ex-brizolista na Presidência, seria justificada com os contundentes votos dados contra o núcleo político do PT no julgamento da Ação Penal 470 pelos ministros Luiz Fux e Rosa Maria Weber. Pelo raciocínio de alguns petistas da cúpula, como os dois magistrados foram indicados por Dilma para o STF, se poderia atribuir uma participação oculta da Presidente na destruição dos réus do mensalão, sobretudo José Dirceu, que nunca topou bem com Dilma.
O temor de uma minoria na Executiva do PT ? onde José Dirceu tem grande influência ? é que Dilma consiga se tornar independente do partido, para descartá-lo no momento em que for conveniente. O medo maior é que Dilma, com alta popularidade nas pesquisas de opinião, supere o mito (em decadência) Luiz Inácio Lula da Silva e inviabilize um possível retorno dele à Presidência, em 2014. Ainda de acordo com a crença conspiratória dos petistas (que enxergam golpistas e inimigos por todos os lados), Dilma estaria contando com o desgaste público que o julgamento do Mensalão vai causar, para tirar do governo quem tenha relações fortes com os réus condenados à execração pelo STF.
Uma certeza dos petistas é concreta. Dilma tem um projeto próprio de poder e gostaria de consolidá-lo sem depender do PT. Até agora, ela tem dado manifestações públicas de fidelidade e lealdade a Lula da Silva. No entanto, já contrariou fortemente o ex-presidente, atropelando o PT para emplacar sua poderosa amiga Maria das Graças Foster na presidência da Petrobrás, no lugar de José Sérgio Gabrielli ? cuja gestão virou alvo de críticas da Graça, que fazia parte dela como diretora. Além do caso Gabrielli, petistas reclamam do corpo mole de Dilma em subir no palanque paulista de Fernando Haddad (como ela fez muito a contragosto) e no apoio escancarado ao amigo José Fortunati (PDT) que venceu facilmente a disputa pela Prefeitura de Porto Alegre.
No entanto, o episódio mais recente de desgaste e confronto de Dilma com um cardeal da legenda aconteceu na antevéspera da eleição municipal. A Presidenta mandou que Gilberto Carvalho se retratasse publicamente sobre o infeliz comentário acerca do julgamento do Mensalão: "Aquela coisa do outro lado da rua dói muito". Reservadamente, Dilma comentou que o gesto de Carvalho foi ?idiota?. Dilma ficou contrariada porque seu Secretário-Geral da Presidência da República jamais poderia ter cometido tamanho ato de agressão e desrespeito ao Supremo Tribunal Federal - cujo prédio fica em frente ao Palácio do Planalto, no outro lado da Praça dos Três Poderes.
Outra manifestação lida nas entrelinhas pela cúpula petista contra Dilma foi a atitude dela em deixar claro que quem fosse condenado no Mensalão deveria deixar o governo assim que terminasse o julgamento no STF. A pressão interna feita por ela foi tão violenta ? desagradando a oligarquia partidária ? que José Genoíno foi praticamente coagido a entregar ontem seu cargão de assessor especial do Ministro da Defesa. Genoíno foi saído, ?PT da vida?, com Dilma.
A personalidade marciana de Dilma, que não tem medo de enfrentamentos internos e toma decisões enérgicas na velocidade em que Lula nunca tomou, assusta os membros da executiva nacional do PT. Lula também não ousa contrariá-la publicamente porque sabe que Dilma não responderia como uma vaquinha de presépio ? o que poderia precipitar um rompimento prematuro entre a criatura e seu criador. O fato real é que a brizolista Dilma nunca foi bem digerida pela turma do ?Sapo (Boi)Barbudo? ? como o falecido caudilho Leonel de Moura Brizola se referia a Lula, sempre que ambos divergiam politicamente.
A grande questão, que só o tempo irá resolver, é quando ocorrerá um confronto final. Qual justiçamento político acontecerá primeiro: Lula e o PT romperão com Dilma? Ou a Presidenta deixará à deriva o titanic dos petralhas? Pelo cenário atual, o PT é um barco com previsão de afundamento (que pode ser lento ou rápido) após o julgamento do Mensalão e na hora em que os membros de sua cúpula (Dirceu e Genoíno) forem obrigados pela Lei a pagar suas penas vendo o sol nascer quadrado. O caldo deve entornar de vez se novas e inevitáveis investigações relacionarem diretamente Luiz Inácio Lula da Silva ao verdadeiro comando do esquema mensaleiro.
O Alerta Total já entecipou que o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem tudo para enfrentar problemas sérios no desdobramento judicial do Mensalão. Com a condenação de seu ex-chefe da Casa Civil por corrupção ativa, será impossível sustentar a tese de que José Dirceu agia sozinho na operação de ?compra? de partidos base aliada, sem que seu superior hierárquico ?soubesse de nada?. Sob a presidência de Joaquim Barbosa no STF, a partir de 18 de novembro, o mito Lula deverá enfrentar o rigor da Justiça ? com o agravante de que agora não tem mais foro privilegiado para se blindar.
Dilma Rousseff, ao contrário de Lula, é estrela em ascensão. É favorita, facilmente, à reeeleição em 2014. Até agora, não há concorrentes de peso. Eduardo Campos (PSB) ou Aécio Neves (PSDB) não são páreo para ela. Se o PT cometer o arakiri político de detonar Dilma da legenda - insistindo no retorno de Lula -, a presidenta tem a opção de retornar ao PDT ou ser adotada por um partido gigante como o PMDB, cujo desejo permanente é ser governista. Brigar com Dilma é péssimo negócio. Mas como os petralhas são autofágicos, têm tudo para cometer mais um erro político fatal.
Na conjuntura até 2014, só um nome poderia enfrentar Dilma com chances de vitória - ao menos perante a opinião pública: Joaquim Barbosa. Mas nada indica que ele tenha pretensões de deixar o STF e ser candidato ao Palácio do Planalto.
Suprema Dilma
A presidente já indicou três ministros para o olimpo do Supremo Tribunal Federal.
Luiz Fux, ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça, foi indicado por ela em 1º de fevereiro de 2011.
Rosa Maria Weber, ex-ministra do Tribunal Superior do Trabalho, veio para ocupar a vaga aberta pela prematura aposentadoria da ministra Ellen Gracie.
E, mais recentemente, Dilma também indicou Teori Albino Zavascki, vindo do STJ, que substituirá Cezar Peluso ? aposentado pela ?expulsória? dos 70 anos de idade.
Dando certa razão aos conspiradores da cúpula petista, pelo menos Rosa e Teori foram apadrinhados pelo ex-marido e grande amigo de Dilma, o advogado trabalhista Carlos Araújo.


Projeto Petralha de Golpe
Preparando sua saideira, pois também se aposenta em 18 de novembro, o presidente do STF, Carlos Ayres Britto, aproveitou ontem seu voto no julgamento do Mensalão para detonar o PT.
Britto deixou claro que o mensalão foi um projeto de golpe:
?Um projeto de poder quadrienalmente quadruplicado. Projeto de poder de continuísmo seco, raso. Golpe, portanto?.
Pá de cal
Carlos Ayres Britto explicou a essência estratégica do esquema mensaleiro:
?O objetivo não era corromper sob a inspiração patrimonialista. Um projeto de poder foi feito, não um projeto de governo, que é exposto em praça pública, mas um projeto de poder que vai além de um quadriênio quadruplicado. É um projeto que também é golpe no conteúdo da democracia, o republicanismo, que postula a renovação dos quadros de dirigentes e equiparação das armas com que se disputa a preferência dos votos?.
Foi assim que José Dirceu de Oliveira e Silva acabou condenado pela goleada de 8 a 2 por corrupção ativa...
Macrodelinquência governamental
Antes, o decano do STF, Celso de Mello, já tinha usado sua habilidade verbal para detonar a petralhada.
Celso de Mello definiu que representou o mensalão:
?Um projeto criminoso do poder, engendrado, concebido e implementado a partir das mais altas instâncias governamentais e praticado pelos réus do processo entre eles Dirceu e o ex-presidente do PT José Genoino".
Crime intolerável
Celso de Mello ressaltou que foi criada uma "grande organização criminosa que se constituiu a sombra do poder, formulando e implementando medidas ilícitas que tinham por finalidade realização de um projeto de poder".
"Estamos tratando de macrodelinquência governamental, da utilização abusiva, criminosa do aparato governamental ou do aparato partidários por seus próprios dirigentes".
Mello completou com chave de ouro: "O que se rejeita, presente a situação denunciada pelo Ministério Público, é o jogo político motivado por práticas criminosas perpetradas à sombra do poder. Isso não pode ser tolerado, não pode ser admitido".
E finalizou: "O Estado brasileiro não tolera o poder que corrompe e nem tolera o poder que se deixa corromper. Quem tem o poder e a força do Estado em suas mãos não tem o direito de usá-lo para exercer em seu próprio benefício a autoridade que lhe é conferida pelas leis da República".
Vitória da Teoria do Domínio do Fato
Um debate, após o voto de Ayres Britto, consagrou no STF o emprego da Teoria do Domínio do Fato, quando é possível atribuir responsabilidade penal a um réu que pertence a um grupo criminoso mas que, por ocupar função hierarquicamente superior, não é o mesmo sujeito que pratica o ato criminoso.
A técnica foi usada pela maioria dos ministros para condenar quando o autor não é apenas aquele que realiza a conduta típica do crime, mas também aquele que, sem praticar o fato em si, planeja e decide a atividade dos demais.
O debate foi taticamente promovido pelo ministro Ayres Britto para inviabilizar, praticamente, as futuras teses dos defensores dos condenados, na fase de recursos.

Sem vergonha...
Foi patética a chorosa entrega de cargo feita pelo ex-presidente do PT José Genoino, durante reunião do Diretório Nacional do PT, lendo uma cartinha digitada, durante cinco minutos:
"Retiro-me do governo com a consciência dos inocentes. Não me envergonho da nada".
Genoino tentou pregar a velha lenga-lenga petista de que existe uma campanha de ódio contra o PT:
"A minha condenação é uma tentativa de condenar todo um partido. Mas eles fracassarão. O julgamento da população sempre nos favorecerá, pois ela sabe reconhecer quem trabalha por seus justos interesses. Ela também sabe reconhecer a hipocrisia dos moralistas de ocasião".
Ataque ao Supremo
O assessor forçado a se detonar do ministério da Defesa criticou quem o condenou por corrupção ativa:
"A Corte errou. A Corte foi, sobretudo, injusta. Condenou um inocente, condenou-me sem provas. Reservo o direito discutir democraticamente esta decisão. Nesse julgamento, transformaram ficção em realidade. Quanto maior a posição do sujeito na estrutura do poder, maior sua culpa. Se o indivíduo tinha uma posição de destaque, ele tinha de ter conhecimento do suposto crime e condições para encobrir evidências e provas. Portanto, quanto menos provas e evidências contra ele, maior é a determinação de condená-lo. Trata-se de uma brutal inversão de valores básicos da Justiça e de uma criminalização da política".
As palavras de Genoíno contra a acertada decisão do plenário do STF podem complicar ainda a fase de definição das penas, na qual ele, Dirceu, Delúbio e Marcos Valério tem grandes chances de puxar cadeia...
Bom aliado petista
Aliado do candidato petista Fernando Haddad (e agora até queridinho dos petistas mais idiotizados), o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) será obrigado a devolver R$ 21, 315 milhões aos cofres municipais.
Maluf foi intimado a devolver à prefeitura o valor de prejuízos de operações financeiras com papéis do Tesouro Municipal no caso conhecido como "escândalo dos precatórios", em razão de uma condenação ocorrida em dezembro de 1998.
Ironia é que a ação que condena o rico bolso do agora ?companheiro? Maluf foi movida pelo PT em 1996.
Guerra santa
O famoso pastor televisivo Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, promete voltar a usar o chamado kit gay nas escolas para arrebentar o ex-ministro da Educação de Lula, Fernando Haddad.
Malafaia apoia José Serra (PSDB) na disputa do segundo turno pela Prefeitura de São Paulo.
O candidato de Lula que se cuide porque Malafaia tem prestígio entre os evangélicos por sua postura ultra-conservadora.
Armas do cidadão
Cidadãos começam uma enxurrada de reclamações na Central de Relacionamento do Senado.
O motivo é expressar contrariedade ao Projeto de Lei do Senado nº 176/2011 que altera o artigo 35 da Lei nº 10.826 de 2003 - o Estatuto do Desarmamento - proibindo a comercialização e aquisição de armas de fogo e munição em todo o território nacional, com algumas exceções previstas na Lei.
No Alç Senado, a crítica generalizada é que o PLS nº 176/2011 é um golpe contra a vontade democrática da sociedade que já manifestou sua opinião no referendo sobre o Desarmamento.
Mensalão pelo mundo afora
Vejam como a bela imagem de Lula da Silva no exterior pode se desmilinguir em segundos, com as notícias negativas sobre o Mensalão:
ESPANHA - El principal imputado del "juicio del siglo" acusa a Lula de ser "el jefe" de la trama de compra de votos
CHILE - Reo denuncia que Lula ?era el jefe? de red de corrupción juzgada en Brasil
PANAMÁ - Lula "era el jefe" de red de corrupción juzgada en Brasil
FRANÇA - Au Brésil, l?opérateur du scandale des années Lula prétend que le chef de l?Etat était au courant
ARGENTINA - Acusan a Lula de haber liderado una enorme red de corrupción -
HONDURAS - Acusan a Lula da Silva de ser jefe de red de corrupción
MÉXICO - Empresario acusado por corrupción involucra directamente a Lula en fraude
VENEZUELA - Acusan a Lula de ser ?el jefe? de la corrupución en el Brasil -

 Anti-Herói
De Joaquim Barbosa, refutando a tese de que não merece ser tratado como herói nacional:
"Isso aí é consequência da falta de referências positivas no país. Daí a necessidade de se encontrar um herói. Mesmo que seja um anti-herói, como eu?.
A ironia da História é que Barbosa foi nomeado para o STF com uma canetada de José Dirceu de Oliveira e Silva, então ministro da Casa Civil, já que o Presidente Lula estava viajando...
Barbosa presidente
Plenário do STF elegeu ontem o ministro Joaquim Barbosa, relator no julgamento do mensalão e atual vice-presidente do Supremo, para ser o novo presidente da Corte por um mandato de dois anos.
O vice dele será Ricardo Lewandowski ? de quem Barbosa já foi até amigo em outros tempos.
Barbosa também foi eleito para presidir o CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
Lançamento espontâneo
Na internet, já tem um movimento lançando Joaquim Barbosa para a Presidência da República em 2014.
No site www.joaquimbarbosapresidente.com.br pode-se fazer o download do adesivo para fixar num veículo ou janela,
A página também aceita depoimentos a favor de Barbosa ? que nada tem a ver com o movimento e nem autoriza tal ideia expontânea do eleitorado.
Releia o artigo: Super Barbosa será Presidente da República?
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva.
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog e podcast Alerta Total:www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.
A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento.
© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 11 de Outubro de 2012.

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10/10/2012 @ 14:00
Barbosa fará Lula ser investigado no desdobramento da ação que condenou Dirceu & Cia no Mensalão »

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Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
O ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem tudo para enfrentar problemas sérios no desdobramento judicial do Mensalão. Confirmada a condenação de seu ex-chefe da Casa Civil por corrupção ativa, será impossível sustentar a tese de que José Dirceu agia sozinho na operação de ?compra? de partidos base aliada, sem que seu superior hierárquico ?soubesse de nada?. Sob a presidência de Joaquim Barbosa no STF, a partir de 18 de novembro, o mito Lula deverá enfrentar o rigor da Justiça ? com o agravante de que agora não tem mais foro privilegiado para se blindar.
Os votos de alguns ministros do STF, condenando Dirceu ontem, já deram uma pista de um nome que será investigado no desdobramento da Ação Penal 470. Trata-se de Marcelo Sereno, amigo pessoal de Dirceu, de quem foi assessor, e ex-secretário de Comunicação do PT. Sereno seria o elemento direto de ligação entre a Casa Civil e o gabinete de Lula da Silva. Sereno se torna alvo por suas ligações com Waldomiro Diniz e Carlinhos Cachoeira ? cuja CPI o PT faz de tudo para que acabe em pizza, antes que macule a imagem de alguém poderoso do partido.
Embora Lula tenha pregado ontem a candidatos petistas que disputam o segundo turno eleitoral que ?é preciso manter a cabeça erguida?, após a condenação de Dirceu, Lula sabe que é a sua própria cabeça que ficará a prêmio daqui por diante. O sinal de alerta foi ligado com a reportagem de setembro da revista Veja, na qual o empresário Marcos Valério, operador do esquema, apontou Lula como o chefe do mensalão. Portador de gravações-dossiês para serem usadas conforme a conveniência, Valério também revelou que o PT usou R$ 350 milhões no esquema.
Assim que assumir a presidência do STF, o herói nacional Joaquim Barbosa deverá retirar o estranho segredo de Justiça sobre o Processo Investigatório 2.474. Os 77 volumes em sigilo apuram as supostas irregularidades no convênio entre o Banco BMG e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), com a participação da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev), para a ?operacionalização de crédito consignado a beneficiários e pensionistas?. O caso dormita ?blindado?, desde 2007, no Supremo.
Foi com as mesmas informações desse caso (estranhamente em segredo) que o Ministério Público Federal em Brasília entrou com uma ação na Justiça Federal, por improbidade administrativa, contra o ex-presidente Lula e seu então ministro da previdência Social, Amir Lando. Além de suspeitos de favorecimento ao banco BMG (envolvido com as operações de Marcos Valério), o MPF denunciou Lula e Lando por prática de ?autopromoção?. Ambos assinaram as cartas a aposentados e pensionistas oferecendo crédito consignado via BMG.
Investindo nesse mesmo Processo Investigatório 2.474, Joaquim Barbosa já autorizou a abertura de um inquérito para investigar repasses feitos pelo esquema com o BMG para pessoas ligadas ao ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, e a outros políticos petistas. O novo inquérito, que tramita na Justiça Federal em Belo Horizonte, investigará repasses que beneficiaram pessoas ligadas aos deputados Benedita da Silva (PT-RJ) e Vicentinho (PT-SP), além de dezenas de outras pessoas e empresas que receberam dinheiro do mensalão. Tal esquema só foi descoberto pela Polícia Federal quando a ação principal do Mensalão já estava em andamento no STF.
A Procuradoria Geral da República já denunciou o deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT). Ele é acusado de favorecer as operações de crédito consignado do Banco BMG, quando presidiu o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O BMG é acusado de ter simulado empréstimos de fachada para o PT e as agências de publicidade do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza para abastecer o esquema ilícito de pagamento de propina. Gurgel também pediu a abertura de um inquérito independente contra o deputado José Mentor (PT-SP) ?para apurar os repasses efetuados em seu benefício pelo grupo de empresas de Marcos Valério?.
Outra frente de negócios que pode bater em Lula. O MPF já mandou para a Justiça Federal em São Paulo a apuração sobre o envolvimento da Brasil Telecom (atual Oi), Telemig Celular e Amazçnia Celular com Marcos Valério. A Justiça Federal em Brasília da apuração sobre irregularidades nas gestões realizadas pelos bancos Econçmico e Mercantil de Pernambuco perante o Banco Central. O MPF denunciou que tal gestão também teve o intermédio de Valério. Incluindo os réus agora em julgamento no STF, o mensalão tem 118 réus investigados em outras instâncias do Judiciário.
Quem conduz as investigações da nova frente do Mensalão é a mulher de Roberto Gurgel, Procurador-Geral da República. A subprocuradora Cláudia Sampaio Marques investiga o escândalo desde antes da gestão do marido. O novo inquérito tem 77 volumes e mais de 13 mil páginas. O novo relatório da Polícia Federal, com novidades sobre o caso, com 332 páginas, só chegou ao MPF em fevereiro do ano passado. Como o Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, já avisou que pretende destravar outras frentes de investigação sobre o escândalo, logo após o veredicto no STF, o Mensalão e seus desdobramentos assombrarão Lula e a petralhada agora e muito além da atual campanha municipal.
Jura que vai?
O PSDB, que sempre poupou Lula, agora ameaça entrar com representação na Procuradoria-Geral da República contra o ex-presidente.
O líder tucano no Senado, Alvaro Dias (PR), defende a tese de que Dirceu e Lula agiam em conjunto e que não há argumento capaz de isolar as ações de ambos.
"É uma heresia dar tratamento diferenciado ao ex-ministro e ao ex-presidente", alega. "Lula não só sabia do esquema como participou de toda a farsa. No mínimo ele cometeu crime de responsabilidade".
Reclamar é preciso
José Dirceu promete liderar um movimento político, com desdobramentos internacionais, contra a sua provável prisão, após condenação no Mensalão:
?Minha sede de justiça, que não se confunde com o ódio, a vingança, a covardia moral e a hipocrisia que meus inimigos lançaram contra mim nestes últimos anos, será minha razão de viver?.
Foi o que ele soltou ontem na adorável cartinha liberada assim que soube que estava condenado.
Impeachment
O ministro José Antonio Dias Toffoli demonstrou a previsível coerência e lógica petista ao considerar José Dirceu de Oliveira e Silva inocente da acusação de corrupção ativa no Mensalão.
O engraçado é que Toffoli era subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, sob o comando direto de José Dirceu, quando Roberto Jefferson jogou o Mensalão no ventilador do PT.
A oposição agora ameaça um movimento de impeachment contra ele, mas que deve morrer na praia porque o governo tem maioria na Câmara e no Senado para abafar tal iniciativa.

Mui amigo 1
Em seu voto, que causou mal estar no STF, Toffoli jogou toda a culpa em José Genoíno e Delúbio Soares, para livrar Dirceu.
Na hora de absolver seu ex-chefe Dirceu da acusação de corrupção ativa, Toffoli fez com que a emenda saísse pior que o soneto.
Tentando ironizar o MPF, alegou que Dirceu poderia ter sido denunciado por tráfico de influência e corrupção passiva, mas nunca por corrupção ativa.
Com um voto ?a favor? deste tipo, Dirceu nem precisava de outros contra...
Mui amigo 2
Perguntinha idiota que não quer calar entre os militares da ativa, principalmente no Forte Apache ? sede do Alto-Comando do Exército, em Brasília:
Quando será que José Genoíno será exonerado do cargo de assessor especial do Ministério da Defesa?

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sábado, 6 de outubro de 2012

Mandado de segurança preventivo não pode enfraquecer a 
 
Lei Seca
 
 
 Milton Corrêa da Costa
 
 
Um coronel da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, oficial de último posto, acaba de anunciar publicamente, através de seu advogado, que entrará na Justiça com ação cautelar de mandado de segurança preventivo, uma espécie de medida assecuratória de direito futuro, para ter preservado o seu direito constitucional de não produzir prova contra si mesmo e recusar-se ao teste do bafômetro, nem ser punido, por suposto abuso de poder da autoridade pública e constrangimento pessoal, caso seja novamente abordado durante a fiscalização da Operação Lei Seca. Se a Justiça  assegurar o direito de não ser punido pela lei de trânsito coloca-se em risco o próprio futuro da Lei Seca, observado ainda o fato de que as instâncias administrativa e judicial são independentes, onde as autoridades têm competências distintas.
 
Salvo engano, não há abuso de poder e sim a plena vigência de uma lei federal, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo Presidente da República, em vigor em território nacional há mais de quatro anos (Lei Federal 11705/08), que não pode ter nenhum dos seus dispositivos suspensos a não ser por ato de sua revogação oriundo do próprio Legislativo ou se julgada inconstitucional por decisão do Supremo Tribunal Federal. Ressalte-se ainda que quem aplica penalidades de trânsito, previstas no Art. 256 do Código de Trânsito Brasileiro, incisos de I a VII, em decorrência de infrações de trânsito, são as autoridades executivas de trânsito, ressalvada medida judicial cautelar de suspensão do direito de dirigir por crime de trânsito, na necessidade de garantia da ordem pública, prevista no Art. 294. Pretende também, o referido policial militar, acionar o Estado para reparação de danos morais alegando ter sido levado à exposição pública de forma negativa, com o seu nome divulgado no noticiário de imprensa, em razão de três abordagens distintas na referida operação de fiscalização. 
 
Em princípio não me cabe, como tenente coronel, comentar nem julgar comportamento de superior hieráquico, no caso um coronel. Apenas analisar o fato como estudioso em legislação de trânsito, até como subsídio para o respeitoso  debate de idéias.. A análise e decisão sobre o comportamento do oficial superior em questão, durante as três abordagens de que foi alvo, conforme processo apuratório instaurado internamente na corporação,  caberá ao Comandante Geral da PM do Rio de Janeiro, coronel Erir Ribeiro Costa Filho. Particularmente, e assim tenho me manifestado em vários artigos publicados na mídia nos últimos anos, como estudioso em segurança de trânsito, sou um ferrenho defensor da Lei Seca que existe para prevenir tragédias, salvar vidas e preservar a incolumidade de todos os usuários da via pública. 
 
Acresce-se que a Lei Seca (LeI Federal  11.705/08), que alterou dispositivos do Código de Trânsito, a partir de 20 de junho de 2008, está em pleno vigor em território nacional e apesar do direito constitucional, de todo cidadão, em não produzir prova contra si, tal norma pune administrativamente (Art 277, parágrafo terceiro do CTB) todo aquele que se recusa ao teste do bafômetro. Aliás não conheço o caso de nenhum condutor que não tenha bebido e se recuse a se submeter ao bafômetro. Seria ilógico sabendo que teria sua carteira de habilitação recolhida, sendo multado em R$ 957,70,  tendo o direito de dirigir suspenso por uma ano e ainda frequência obrigatória a curso de reciclagem.
 
Se a recusa não tivesse sido prevista na redação da lei, tal norma teria nascido morta. Não há dúvida. Bastava o motorista recusar-se ao teste do etilômetro em nome do preceito constitucional.da não produção de prova contra si mesmo. A questão é que o direito privado (individual) não pode sobrepujar o relevante interesse coletivo que neste caso objetiva a segurança de trânsito, num país onde a perigosa mistura álcool e direção permanece dando causa a inúmeras e constantes tragédias, em rodovias e vias urbanas.
 
Quanto aos fatos que ocorrem durante a abordagem, em pontos de interceptação nas operações Lei Seca, envolvendo a divulgação de nomes de autoridades e celebridades ali abordadas, entendo, em se tratando de um ato administrativo público -algumas vezes a própria imprensa se faz presente- como uma medida de cunho pedagógico, não de execração pública intencional ao condutor infracionado, onde a finalidade é sobretudo desencorajar os  demais condutores para o ato (irresponsável e imprudente) de beber e dirigir, além de reafirmar publicamente o princípio constitucional de que todos são iguais perante a lei. Ou seja, se um juiz ou um senador são infracionados pela lei, qualquer um pode. Ressalte-se que qualquer pessoa, mesmo se valendo do anonimato, que tenha presenciado uma autoridade ou celebridade ser infracionada na Lei Seca, pode perfeitamente divulgar o fato aos órgãos de imprensa ou mesmo divulgá-lo nas redes sociais. A liberdade de imprensa então falaria mais alto.
 
A realidade é que a Lei Seca conseguiu, fato inimaginável tempos atrás, face a indisciplina contumaz da maioria de nossos motoristas, com pouco mais de quatro anos de vigência, mudar comportamentos. Muitos, preventivamente, já deixam os carros em casa se forem beber, utilizando-se de outros meios de transporte ou entregam a direção a quem não bebeu. Há que se compreender, para o bem de todos, que a rigorosa norma existe para tornar o trânsito uma atividade mais humana e menos violenta. Ninguém está proibido de beber. O álcool é uma droga socialmente lícita. Só não pode depois é dirigir. Também não importa se você sempre bebeu, dirigiu e nunca bateu. Isso não o deixa imune, nem seus amigos e familiares, da irresponsabilidade de outros motoristas que insistem em beber, dirigir e causar trágédias. Assassinos em potencial do volante, com todas as letras.
 
Aguarda-se, no entanto, que a decisão judicial sobre a medida assecuratória solicitada pelo oficial da PM, não abra um preocupante precedente e enfraqueça a Lei, que tanto benefício tem trazido à sociedade como a redução de graves acidentes de trânsito e de ocupação de leitos hospitalares. Caso contrário, a garantia do direito (futuro), de motoristas não serem punidos, garantirá também o aumento da barbárie no trânsito brasileiro, a sensação de impunidade e a permanente ameaça à vida humana. A Lei Seca existe para salvar vidas. Tenha-se ciência e consciência disso.
 
Milton Corrêa da Costa é tenente coronel da reserva da PM do Rio de Janeiro

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

O mensalão, o apagão e o estranho R$ 1 milhão: as "coincidências" do PT
 
Milton Corrêa da Costa
 
Definitivamente o Partido dos Trabalhadores (PT), tido em prosa e verso, tempos atrás, com partido político inatacável, baluarte dos princípios da ética e da moralidade  pública, da defesa ideológica da justiça social, de onde se esperava a correção de atitudes e a solução de todos os problemas nacionais, encontra-se hoje, como partido de situação na direção do país, em xeque perante à opinião pública brasileira.
 
Algumas de suas figuras de maior proeminência não eram tão éticos e incorruptíveis assim. Que o diga o processo do mensalão, o maior crime praticado contra a fé do povo brasileiro, um crime de traição ao país, num perfeito conluio entre agentes públicos e privados na obtenção da vantagem ilícita e no desvio intencional do dinheiro público. José Dirceu (acusado de mandante do esquema) e José Genoíno, ideólogos da esquerda e da luta armada, nos idos de 60 e 70, já foram condenados por corrupção ativa por três ministros do Supremo Tribunal Federal. Aguarda-se agora a decisão dos demais ministros.
 
Para os magistrados Joaquim Barbosa, Rosa Weber e Luiz Fux ficou evidenciado que Delúbio Soares não poderia ter agido sozinho. No cardume havia peixes grandes por trás do grave crime de compra e venda de votos no parlamento. O ministro Luiz Fux, ao afirmar a convicção de seu voto disse: "È inimaginável que esses acordos (da direção petista com os dirigentes dos partidos aliados) eram só políticos". Resta saber agora quem vai de fato para a cadeia. O povo e os trabalhadores brasileiros aguardam ansiosamente o desfecho do julgamento da ousada e cínica quadrilha de assaltantes dos cofres públicos.
 
Concomitante ao vergonhoso caso mensalão ocorre, em menos de duas semanas, o terceiro apagão, "apaguinho" como dizem os petistas, para não confundir com a gestão FHC e se colocarem isentos da expolração político-partidária. Somente este ano já ocorreram 32 apagões acima de 100 MW. Cerca de 15 horas após um apagão que deixou às escuras, por até meia hora, diversos pontos de quatro regiões do país, na noite de 03/10, um blecaute atingiu 70% do Distrito Federal por pelos menos duas horas nesta quinta-feira. Até acidentes de trânsito ocorreram nos apagões dos sinais de Brasília. Graças a um gerador próprio o STF pode prosseguir o julgamento dos quadrilheiros. Menos mal. A conclusão a que se chega é que a herança do setor energético do governo passado não era tão bem vinda assim. Será tudo coincidência de panes, acidentes  inevitáveis, falta de supervisão eficiente no sistema ou mesmo falta de investimentos no setor como dizem os analistas?
 
Para completar o amargor do Partido dos Trabalhadores, coincidentemente às vésperas das eleiçoes municipais do próximo domingo, os jornais noticiam que  mais de R$ 1 milhão foram apreendidos pela Justiça Eleitoral no interior de um jatinho, na última terça-feira, em Parauapebas, no Pará, que seriam entregues à coordenação de campanha do candidato do PT à prefeitura do município. A Polícia Federal investiga agora se o dinheiro se destinava ou não à compra de votos.
 
Ou seja, a estrela solitária do Partido dos Trabalhadores jã não brilha tanto como dantes. Algumas vestais do antigo e ferrenho partido de oposição não eram tão vestais assim, a ponto de combater os dólares na cueca, os acordos políticos mafiosos e o assalto ao dinheiro público, nem tampouco tão competentes para prever o incômodo dos "apaguinhos". Profundamente lamentável. O PT parece que não sabia de nada. Um marido eternamente traído.
 
Milton Corrêa da Costa é cidadão brasileiro e aguarda ansiosamente o fim do julgamento do mensalão
 
 
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Joaquim Barbosa entra para a história ao abrir o caminho para o fim da imoralidade na política
 
Milton Corrêa da Costa
 
O insigne ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, relator do processo que julga a quadrilha (mafiosa) do mensãlão, com seu gesto de coragem e exemplar comportamento na defesa da coisa pública, em sua justa  indignação contra atos de corrupção no parlamento brasileiro, devidamente constatados em provas testemunhais, materiais e documentais, condenando os verdadeiros culpados do roubo aos cofres públicos, entra para a história-pátria como exemplo de decência e honradez na magistratura e lava a alma do povo brasileiro, a maior vítima do desvio do dinheiro público, da imoralidade, do roubo, da bandalheira, da falta de decência e de ética na política.
 
Joaquim Barbosa, com suas atitudes de austeridade,  eleva e  a cada dia, o bom nome do Poder Judiciário e nos enche de esperança, fazendo com que cada cidadão brasileiro volte a confiar no rigor da lei e na Justiça e na possibilidade, agora real, de se por fim à indecência na política. A coragem do humilde e ilustre brasileiro de Paracatu (MG) contagia os que acreditam num Brasil melhor e mais justo, onde as futuras gerações possam se orgulhar da classe política cuja relevante missão é servir ao povo e promover o bem comum, não se locupletar e obter vantagens ilícitas. Não assaltar descaradamente o erário, através de mecanismos sofisticados, fictícios e fraudulentos de matemática financeira, próprios dos crimes mais graves de organizações mafiosas. Imaginavam, a partir da compra de votos de parlamentares, a perpetuação de um partido político no poder, onde alguns de seus representantes abasteceriam, ad eternum, seus bolsos, sua cuecas e os paraísos fiscais com o dinheiro dos impostos e do suor do trabalhador brasileiro. Um vergonha descarada. Num país de legislação penal mais dura a prisão perpétua é o que lhes aguardava. Sem dúvida. Crimes de lesa-pátria têm que ser punidos como máximo rigor.
 
 
É como bem disse o ilustre ministro Celso de Mello, do STF, recentemente, ao proferir seu voto condenatório a alguns dos quadrilheiros do mensalão: “Esse quadro de anomalia revela as gravíssimas consequências desse gesto infiel e indigno de agentes corruptores, tanto público quanto privados, devidamente comprovados que só fazem desqualificar e desautorizar a atuação desses marginais no poder.Conclui afirmando ( e só se pode concordar) que no caso do mensalão se trata “de uma quadrilha de bandoleiros de estrada, que devem ser tratados como verdadeiros assaltantes dos cofres públicos". Brilhante, realista e corajoso parecer de um insigne magistrado na defesa da lei e da ordem e contra a falcatrua no poder.
 
Ao nobre ministro Joaquim Barbosa, portanto, que tem o raro poder de contagiar positivamente a magistradura brasileira, os aplausos de toda a sociedade. Em cada praça pública deste país, como perpetuaçao da imagem de um brasileiro notável, um patriota exemplar, erga-se um busto de Vossa Excelência. A triste, nojenta e vergonhosa era da imoralidade na política brasileira, ressalvados os poucos pólíticos que sempre se pautaram pelos princípios da ética e da moralidade, tem agora um divisor de águas:. O divisor de águas é o comportamento exemplar de um homem corajoso, ferrenho defensor da lei e da ordem. O povo brasileiro curva-se a quem faz a diferença. Que Deus conceda ao prezado magistrado muitos anos de vida para que possa ser testemunha da mudança para um Brasil onde políticos respeitem cada cidadão e o voto a eles destinados num estado democrático de direito.
 
Joaquim Barbosa, também Joaquim como o mártir Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, é, pois, um brasileiro diferenciado pela conduta ilibada e sobretudo heróica. A história da política brasileira tem agora um divisor de águas: seu nome, Joaquim Barbosa. O povo brasileiro curva-se e aplaude, pois, diante da coragem e honradez um ilustre patriota, que venceu a máfia e a bandalheira na política. À história-pátria tem o dever de reverenciá-lo ad eternum. Assim seja feito. por dever de justiça. A História do Brasil tem um novo herói que não se intimida. Um brasileiro de gestos nobres.
 
Milton Corrêa da Costa é cidadão brasileiro e aguarda ansiosamente o fim do julgamento do mensalão

quarta-feira, 3 de outubro de 2012


Mensalão: senador Álvaro Dias destaca voto do 
 
ministro Celso de Mello
 
Milton Corrêa da Costa
 
 
Em recente texto do Senador (PR) Álvaro Dias, em que este articulista agradecia o retorno ao e-mail lhe endereçado onde manifestei ao insigne parlamenter meu repúdio e indignação sobre a grave afronta ao Supremo Tribunal Federal, ensejada por um inoportuno manifesto de artistas e intelectuais, que interferiam de forma descabida no trabalho da mais alta Corte da Justiça Brasileira, no qual recomendavam ao excelentíssimos ministros abster-de de todos os tipos de pressões externas, no julgamento da quadrilha dos mensaleiros, assim respondeu-me o ilustre e honrado Senador da República:
 
-Não há o que agradecer prezado Milton . Entendo que responder aos cidadãos que a nós se dirigem é o mínimo a que se obriga qualquer ocupante de cargo público. Você pode continuar contando com o nosso Gabinete.A propósito do julgamento do mensalão,permita-me lhe dizer que ontem aconteceu um fato da maior relevância.Refiro-me ao voto do ministro Celso de Mello. Considero o voto do ministro Celso de Mello como um dos mais importantes já proferidos na suprema corte brasileira.Não há como não concordar com o seu pensamento quando ele disse,alto e bom som,que “se impõe a todos os cidadãos dessa República um dever muito claro: a de que o Estado brasileiro não tolera o poder que corrompe e nem admite o poder que se deixa corromper.”,foi exatamente isso o que aconteceu logo no inicio do governo do PT e que redundou neste processo histórico do mensalão que o Supremo Tribunal Federal está julgando.O ministro foi feliz quando disse: “Este processo criminal revela a face sombria daqueles que, no controle do aparelho de Estado, transformaram a cultura da transgressão em prática ordinária e desonesta de poder, como se o exercício das instituições da República pudesse ser degradado a uma função de mera satisfação instrumental de interesses governamentais ou desígnios pessoais”.Por isso, o decano do STF considerou que “a conduta dos réus, notadamente daqueles que ostentam ou ostentaram funções de governo, maculou o próprio espírito republicano”,para acentuar que. “em assuntos de Estado ou de governo, nem o cinismo, nem o pragmatismo, nem a ausência de senso ético e nem o oportunismo podem justificar práticas criminosas, como as ações de corrupção do alto poder executivo ou de agremiações partidárias”, como aconteceu logo no inicio do governo Lula. Celso de Mello entende que numa democracia devem prevalecer o sentimento ético.Por isso entende que “a motivação ética é de natureza republicana”.Como consequência”isso passa pela virtude civil do desejo de viver com dignidade”.A conclusão a que chega é cristalina.Ele disse: ‘ninguém poderá viver com dignidade em uma República corrompida”. Para o mais experiente dos ministros da Suprema Corte “o conceito de República aponta para o consenso jurídico do governo das leis e não do governo dos homens, ou seja, aponta para o valor do Estado de Direito. O governo das leis obstaculiza o efeito corruptor do abuso de poder, das preferências pessoais dos governantes por meio da função equalizadora das normas gerais, que assegura a previsibilidade das ações pessoais e, por tabela, o exercício da liberdade”.Depois dessa,analise Celso de Mello concluiu que os réus do mensalão “devem ser condenados e punidos com o peso e o rigor das leis dessa República, porque esses vergonhosos atos, que afetam o cidadão comum, privando-o de serviços essenciais, colocando-os à margem da vida, esses atos significam uma tentativa imoral e ilícita de manipular criminosamente, à margem do sistema funcional, o processo democrático, comprometendo-o” Para o ministro “esse quadro de anomalia revela as gravíssimas consequências desse gesto infiel e indigno de agentes corruptores, tanto público quanto privados, devidamente comprovados que só fazem desqualificar e desautorizar a atuação desses marginais no poder.E conclui magistralmente afirmando que no caso do mensalão se trata “de uma quadrilha de bandoleiros de estrada (as pessoas que integram uma quadrilha), que devem ser tratados como verdadeiros assaltantes dos cofres públicos. Concordo com ele em gênero,numero e grau.
 
 
Cordialmente,Alvaro Diaswww.senadoralvarodias.comBlog:

terça-feira, 25 de setembro de 2012


CASO MENSALÃO: A GRAVE AFRONTA AO STF

Milton Corrêa da Costa

ANTIGAMENTE A CLASSE ARTÍSTICA E OS INTELECTUAIS APOIAVAM A PUNIÇÃO EXEMPLAR PARA OS CONSIDERADOS CULPADOS DO ROUBO DO DINHEIRO PÚBLICO. MANIFESTAVAM-SE SEM PRESSIONAR A JUSTIÇA. NÃO HAVIA DEFESA PRÉVIA NEM TENTATIVA DE INTERFERÊNCIAS INDEVIDAS NO TRABALHO DO JUDICIÁRIO. COBRAVAM PARA QUE OS ESCÂNDALOS, COMO A VERGONHA DO MENSALÃO, FOSSEM PASSADOS A LIMPO. VEJAM, PORTANTO, A PÉROLA. UM INSULTO À MAIS ALTA CORTE DA JUSTIÇA BRASILEIRA. UMA PERIGOSA INSINUAÇÃO DE DESCONFIANÇA.UM VERDADEIRO PRÉ-JULGAMENTO DOS MINISTROS DO PRÓPRIO STF QUE ATÉ AQUI TÊM CONDENADO, CORRUPTOS CULPADOS NO ESCÂNDALO DO MENSALÃO, COM A MÁXIMA ISENÇÃO E CORREÇÃO. ATÉ A CUT JÁ QUIS IR ÀS RUAS EM DEFESA DOS MENSALEIROS. PROFUNDAMENTE LAMENTÁVEL.

 

VEJAM A NOTÍCIA

Luiz Carlos Barreto colhe assinaturas de personalidades a favor de Dirceu

Manifesto, apoiado por 200 pessoas, pede que não haja prejulgamento dos réus do mensalão
Fonte O GLOBO ONLINE
RIO - Está para chegar às mãos dos ministros do Supremo Tribunal Federal um texto-manifesto pedindo que não haja um prejulgamento dos réus no caso do mensalão e que sejam resguardados os processos legais. A iniciativa partiu do cineasta Luiz Carlos Barreto, o Barretão - amigo do ex-ministro José Dirceu - que desde a semana passada tem enviado à classe artística um e-mail solicitando assinaturas para o documento que deve passar pelo crivo de alguns juristas antes de ser enviado ao STF.
- Não queremos que haja prejulgamento deste caso, pois já tem gente por aí dizendo quantos anos cada réu vai pegar de prisão. Não pode ser assim. Depois a gente reclama quando chega a ditadura - desabafa Barretão.
O e-mail enviado diz que a ação penal 470 vem sendo pejorativamente chamada de ‘mensalão’ e pede a confirmação urgente para que o nome do convidado possa ser incluído na lista de assinantes do manifesto.
- Eu mandei e-mail para uma série de pessoas, mas algumas têm fobia de divulgação. Até agora já colhi mais de duzentas assinaturas independentemente de tendências, credos e religiões.
Entre os que já confirmaram suas assinaturas no texto-manifesto estão Oscar Niemeyer, Alceu Valença, Luiz Carlos Bresser Pereira, Bruno Barreto, Jorge Mautner, Flora Gil, Emir Sader e Eric Nepomuceno.
Para o arquiteto Oscar Niemeyer, que foi um dos primeiros a assinar o texto-manifesto, há um exagero quanto ao mensalão.
- Assinei o manifesto porque acredito que desde o início há uma campanha contra o José Dirceu, um exagero.
Outro que assinou o documento foi o músico Jorge Mautner, com a convicção de que o procedimento do STF será isento de qualquer influência externa.
- Concordo que haja o julgamento e assinei o texto-manifesto porque vivemos numa democracia e, como se trata de um julgamento político, não pode haver manipulação.
ALGUNS COMENTÁRIOS DE INTERNAUTAS ENTRE UM TOTAL DE 193 (O Globo Online)

Ricardo Moreira Espindola 24/09/12 - 17:19
Lamentável.
Drakko 24/09/12 - 17:18
Alceu Valença assinou essa porcaria ??? Se isso se confirmar jogo minha coleção de CDs na lixeira... Confirma ou desmente, Alceu ??? Fala, homem !!!
 Jaime Santos 24/09/12 - 16:52
O que não faz o dinheiro estatal! Estar com Zé Dirceu é garantia de acesso mais fácil a dinheiro e benesses estatais para o cinema.
 Marcelo Coelho 24/09/12 - 16:48
Ô Barretão, asim não!
Lazaro Condeixo 24/09/12 - 16:41
Que vergonha um ser humano se prestar ao papel de defender esses políticos criminosos (pleonasmo). Pessoas estão morrendo nos hospitais e crianças passam fome por causa dessa "gente" que só pensa em como roubar mais e se perpetuar no poder. É de dar asco!
 
Milton Corrêa da Costa é cidadão brasileiro e exige, como todo povo brasileiro, a rigorosa condenação dos culpados do mensalão